Com o fim da sua passagem pelo Bolívar, maior campeão boliviano, em 2018, o treinador Vinícius Eutrópio estabeleceu o retorno ao futebol brasileiro como meta. Em entrevista exclusiva ao Portal Futebol Interior, nesta quarta-feira, o comandante afirmou que, no momento, não existem negociações com equipes brasileiras e que recebeu sondagens do futebol sul-americano, mais especificamente de clubes do Chile.
“No momento não existe nada com clubes brasileiros, mas estou abertos a propostas para iniciar projetos já nos estaduais que começarão. Existe fora alguma possibilidade, no mercado chileno, mais por conta dessa minha passagem pela Bolívia, mas meu desejo é voltar para os clubes brasileiros para usar essa experiência internacional aqui”, afirmou.
Confirmado pelo Bolívar em janeiro de 2018, Vinícius Eutrópio chegou ao clube para a disputa da Copa Libertadores e da Liga Boliviana. Ao todo, o treinador realizou 25 partidas, conquistando 10 vitórias, sete empates e oito derrotas. Foram 37 gols marcados e 34 sofridos pelo Bolívar neste período. Pela Libertadores, Eutrópio teve um desempenho de duas vitórias, dois empates e duas derrotas na fase de grupos, tendo levado o time à Sul-Americana.
O técnico de 52 anos falou sobre a primeira experiência fora do Brasil no futebol Sul-Americano.
“Cheguei ao Bolívar para disputar a Libertadores e tivemos um desempenho muito bom, conquistamos oito pontos e fomos à Sul-Americana. Trabalhei num time que é base da seleção nacional. É um futebol realmente muito diferente do Brasil, mas foi surpreendentemente fácil aplicar o trabalho lá. Muitos haviam me falado que o jogador boliviano é irresponsável, mas todos chegavam uma hora antes dos treinos, faziam as atividades. É um time concentrado, que gostava muito de treinar”, disse Eutrópio.
“Tínhamos jogadores com qualidade técnica e tínhamos muita posse de bola. Notei um padrão muito acima de alguns times brasileiros. Aqui (no Brasil) estamos muito atrelados ao resultado e lá não havia essa irreverência em relação aos brasileiros”, completou o treinador.
Por fim, Vinícius Eutrópio também falou sobre a relação que teve com alguns jogadores no país.
“O único brasileiro que eu dirigi no Bolívar foi o Jacsson, o goleiro. Mas estive com atletas rodados, como Juanmi Callejón, irmão do José Callejón, do Napoli, com o Arce, que já jogou na Portuguesa, Corinthians e Sport aqui no Brasil, e também com o Raldes, que era um dos mais experientes do elenco”, finalizou Eutrópio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário